sábado, 31 de outubro de 2009
Cordel: "O café"
1
Compadre você me escute
Compadre preste atenção
Ouça agora estes meus versos
De muita consideração
Vou tratar com muito apreço
Revelando até endereço
Dando nome e botando preço
No pretinho do coração
2
De muitas datas já se ouvia
Que na Ásia ele vivia
Pra cair aqui nesta terra
E gerar só cantoria
No plantio e na colheita
Na sexta da alegria,
Quem trabalha, já recebe
E já vai fazer folia!
3
No Brasil, ele chegou!
Pela mão do escravo e do imigrante ele passou.
O vale da Paraíba transformou
E na Zona da Mata de Minas, se adaptou.
Na economia do Brasil,
A política do dividiu
Presidentes elegeu, assim se estabeleceu
O café, ouro negro, economia do Apogeu!
4
Em Brejões fez sua história
Quando marcou sua memória
Nos tempos áureos de produção
Alterou meio ambiente,
Tirou a mata, trouxe o sol quente
Mas do pobre também fez gente
Quando do seu fruto fez seu batente.
5
Brejões terra do café
E assim que se acolhe,
Quem nesta terra chegado é.
Rodeada de fazendas,
Assim Brejões cresceu e teve nome.
Não matou seu povo de fome
Mas fez muito fazendeiro, que antes
era posseiro, ter trono de ouro e virar
“Senhor de nome”
6
Lagoa do morro, o maior título sustentou
Maior do mundo ficou
Maior produção alcançou...
Desde a década de quarenta
Era oito ou oitenta
Com os Angolanos Portugueses
Esse título segurou!
“Tanto” título “tanto” prêmio
Do “tanto” que ganhou!
7
Só pra ter uma idéia
Dessa suprema Odisséia
Faça as contas quem quiser
5000 trabalhadores
Trabalhando no café.
Era terra sem tamanho
Produzindo muito ganho
Pra ninguém arredá o pé.
8
Ô dinheiro bom sem porteira
Movimentava até a feira
Do prato a farinheira
Do chão a cumeeira
Trabalhando sem parar
Até se esbagaçar
Na chuva, no frio ou na poeira
Bom era ir no “ceboso” sexta-feira
9
Mas esse tempo bom
De muita chuva e pouco vento
Foi se perdendo com o tempo
E o que era bom logo se acabou.
Primeiro foi as máquinas
Que nossa paz e trabalho tirou
O café matou
E nosso dinheiro levou.
10
Depois, o preço do café baixou
A crise chegou.
“A fazenda” fechou.
E o desemprego assombrou!
Lembrar do passado faz bem,
Mas machuca também
E o que seria desse povão
Se não fosse o cem?
11
Ainda tem gente que diz
Que esta terra é feliz
E que Brejões ainda é
a terra do café...
Faz tempo deixou de ser
É cego quem não quer vê
A gora é hora de fazer
Outra economia crescer.
12
E assim meus amigos
Venho aqui agradecer
a paciência de escutar
toda essa história “contar”
de nervoso e até fadiga
tremedeira e dor de barriga
mas a verdade é que é
nosso povo tem escondido
“suas histórias” na história do café.
EQUIPE QUE APRESENTOU O CORDEL " O CAFÉ"
Geremias, Wagner, Lilia, Ângela, Elizângela e Silvana.
Fotos da culminâcia do projeto: Literatura de Cordel
Culminância do Projeto: Literatura de Cordel
Esse projeto foi realizado nas turmas do EJA ( 7ª/8ª A e B) o público alvo são em sua maioria alunos que trabalham durante o dia, muitos deles são pais e mães de famílias que acreditam na educação.
Agradeço a todos os alunos, professores, direção, tutora do GESTAR que contribuíram direta ou indiretamente para que esse evento se realizasse.
Muito obrigado,
Professor Carlos.
Sócrates, Aristóteles, Platão, mestres reconhecidos mundialmente e que se deram ao conhecimento e à pesquisa para nos deixar seus ensinamentos, suas lições.
Mestres como esses, podemos encontrar ainda hoje, porém não tão conhecidos e tão pouco valorizados. Mestres que ao longo de suas carreiras nos conduz no caminho do conhecimento, nos ajudam a ultrapassar as barreiras, a transpor as dificuldades. Eles, muitas vezes esquecidos, e em muitos casos, desanimados quase que perdendo a esperança de serem verdadeiramente reconhecidos por estarem lutando para formar cidadãos capazes de transformar a realidade para o bem.
Eles, os mestres, os professores, os docentes, os orientadores, buscam mesmo sem reconhecimento e valorização, ultrapassar os próprios dissabores para ajudar a humanidade, deixar suas marcas em seus queridos alunos, que um dia, não por todos, mas com certeza alguns reconhecerão seu valor e mencionarão seus nomes e suas proezas, assim como os grandes educadores da antiguidade.
Em uma roda de amigos, no vestibular, na universidade, se ouvirá falar de ANTÔNIO FILHO, CARLOS ROBERTO e SANDRA NEILIANA sendo versáteis, despertando nos educandos o gosto pela poesia, além de suas falácias sobre as hipérboles, adjetivos, substantivos e tantas outras nomenclaturas da Língua Portuguesa; de ANTÔNIO SÉRGIO, RENILVA MARQUES e ROBSON SANTANA que mesmo sendo rigoroso, chama a atenção num simples how are you; ainda temos CRISTIANE ALMEIDA, JOÃONITO DE JESUS, ROGERLÂNDIO SALES, HILIANE SANTOS e VALTER OLIVEIRA, que com calma e simplicidade, enumeram os caminhos árduos e probabilísticos da Matemática; não podemos esquecer CRISTIANO AMARAL e EDSON MELO, apaixonados pela Pedagogia, sempre buscando novas conquistas e novos métodos para o aprendizado em meio a tanto descaso e falta de atenção e que didaticamente ensinam o gosto pelo labor da profissão, entre tantas metodologias; já a FERNANDA ALMEIDA, o ZÁIDE ANSELMO, a MARIA JOSÂNIA e a NEILA SANTANA simples, educados, buscando nos caminhos da Biologia o estímulo da contínua caminhada, deslizando sobre as falanges, córneas e angiospermas, fazendo conhecer os contornos do corpo humano, desde suas células; o que falar então dos desbravadores MARIA FERNANDA, ROGIEL NETO e SANDRA BARRETO, nos contos, encantos e horrores de nossa história tristonha, de luta, de sobrevivência, em meio a tantas mudanças sociais, e ainda com um grito de esperança “somos nós que fazemos História”; e aos nossos queridos JOSÉ JÚNIOR, MARGARETE CRISTINA e VANDA LÚCIA, que desbravam todos os territórios mundiais observando uma simples folha de papel, conhecendo as diversas capitais, montanhas e relevos, viajando numa cartografia; ainda temos que lembrar de JUCÉLIA DE JESUS, NANCY PAULA e ORNÉLIA LEMOS, que artisticamente traz cor e vida as formas, desenvolvendo descontração e arte em nosso meio; assim, também temos amigos, companheiros como VALTER CARDOSO e HELENITA RIBEIRO, que cuida de nossa formação, nos apontando novos caminhos para o desenrolar de nossa profissão; por fim, não posso esquecer de GILCÉLIA MENDES, mulher guerreira, que sobreviveu até aqui a todos os dissabores da educação, sendo exemplo de esperança para continuarmos a caminhada.
Caso nossos alunos não se lembrem de nós em momento algum de suas vidas, com certeza lembraremos uns dos outros e estaremos juntos para podermos nos fortalecer nessa difícil caminhada.
Caso queiramos nos fortalecer ainda mais, lembremos da celebre frase do mestre Sócrates que em sua sabedoria nos deixou: “tudo que sei é que nada sei”, então, continuemos firmes seguindo os caminhos do magistério, valorizados ou não, fazemos parte da história da educação de nosso país.
COLÉGIO MUNICIPAL ERALDO TINOCO
16/10/2009.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
TEXTO TRABALHADO TP2 -OFICINA 13
Educação: um compromisso de todos!
De Gramática e Linguagem (Mário Quintana)
E havia uma gramática que dizia assim:
"Substantivo (concreto) é tudo quanto indica
Pessoa, animal ou cousa: João, sabiá, caneta".
Eu gosto das cousas. As cousas sim !...
As pessoas atrapalham. Estão em toda parte.
Multiplicam-se em excesso.As cousas são quietas.
Bastam-se.
Não se metem com ninguém.
Uma pedra.
Um armário.
Um ovo, nem sempre,
Ovo pode estar choco: é inquietante...)
As cousas vivem metidas com as suas cousas.
E não exigem nada.
Apenas que não as tirem do lugar onde estão.
E João pode neste mesmo instante vir bater à nossa porta.
Para quê?
Não importa: João vem!
E há de estar triste ou alegre, reticente ou falastrão,
Amigo ou adverso...João só será definitivo
Quando esticar a canela.
Morre, João...
Mas o bom mesmo, são os adjetivos,
Os puros adjetivos isentos de qualquer objeto.
Verde. Macio. Áspero. Rente.
Escuro. luminoso.Sonoro. Lento.
Eu sonho
Com uma linguagem composta unicamente de adjetivos
Como decerto é a linguagem das plantas e dos animais.
Ainda mais:
Eu sonho com um poema
Cujas palavras sumarentas escorram
Como a polpa de um fruto maduro em tua boca,
Um poema que te mate de amor
Antes mesmo que tu saibas o misterioso sentido:
Basta provares o seu gosto...
TEXTO TRABALHADO TP2-OFICINA13
,Há porque pra todo agrado!Porque junto e sem acento
Sobre o Autor:
Janduhi Dantas Nóbrega é paraibano de Patos. Agente cultural — autor de teatro popular, poeta cordelista e declamador —, participou ativamente dos movimentos sociais e populares registrados em Patos nos anos 80 e 90. Professor de Português, foi monitor de redação do Curso e Colégio Objetivo de Brasília (DF). Leciona, atualmente, em colégios e cursinhos pré-vestibulares em Patos, Princesa Isabel, Pombal e Sousa.A idéia de fazer um livro ensinando gramática através de versos surgiu da dificuldade de seu casal de filhos aprenderem a matéria pelo sistema tradicional
Texto trabalhado na ofcina 13 TP 2, Unidade 5 e 6
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇAÇÃO
ASSALTARAM A GRÁMATICA(LULU SANTOS)
dentro de instantes os melhores lances do 1¹ tempo
assassinaram a lógica
lá vem o poeta com sua coroa de louro, bertalha, pimentão, agrião, boldo
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
A DIREÇÃO DO COLÉGIO ERALDO TINOCO
OFICINA TP 2 Unidades 05 E 06/ Colégio Eraldo Tinoco.




quinta-feira, 15 de outubro de 2009
PROFESSOR ROGIEL E OS ALUNOS DA 8ª SÉRIE A DO COLÉGIO ERALDO TINOCO
A PROFESSORA KELY E ATURMA DA 5ª SÉRIE A DO COLÉGIO GÓES CALMON

PROFESSORAS GESTALEIRAS...
Mensagem para os Professores
Tarefa que exige abnegação,
tarefa que é feita com o coração!
Nos dias cansados, nas noites de angústia,
nas horas de fardo, de tamanha luta,
chegamos até a questionar:
Será, Deus, que vale a pena ensinar?
Mas bem lá dentro responde uma voz,
a que nos entende e fala por nós,
a voz da nossa alma, a voz do nosso eu:
- Vale sim, coragem!
Você ensinando, aprende também.
Você ensinando, faz bem a alguém,
e vai semeando nos alunos seus,
um pouco de PAZ e um tanto de Deus!
sábado, 10 de outubro de 2009
CRIANÇA NÃO TRABALHA CRIANÇA DÁ TRABALHO
Algumas atividades desenvolvidas ao longo do projeto.
A professora Luiza Galvão trabalha com o poema de Manuel Bandeira, meninos carvoeiros, que é apresentado em forma de jogral.
A professora Zori Monteiro trabalha com o slide saiba tudo sobre o trabalho infantil. Material que traz a legislação acerca do assunto entre outras informações.
A professora Joelma Rossi utilizando o jogo da memória que traz os direitos da criança e do adolescente.